segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Fernando Botero - O ESTETA DO EXCESSO


Para não repetir coisas já publicadas na rede sobre o pintor Fernando Botero colocarei alguma coisa publicada na revista Bravo de mar/98, do jornalista Teixeira Coelho quando o MASP fez a mostra retrospectiva sobre o artista. Também o que foi publicado na época, no SEGUNDO CADERNO da ZERO HORA do dia 17/03/1998.

Figuras entre o obsceno e apatetado marcam toda a criação deste colombiano, nascido em 1932.
Botero é um dos mais bem pagos e mais populares artistas plásticos latino-americanos.
Nascido na cidade de Medelín (a mesma do mal-afamado cartel de Pablo Escobar) Botero tem uma vida pesoal atribulada. Foi muito pobre na infância, perdeu um filho de apenas quatro anos num acidente de carro na Espanha e viu outro filho ser enjaulado.


O porte roliço das figuras, associado a um certo realismo mágico, se tornou a marca registrada do artista. Até quando ele pinta naturezas-mortas as frutas são inchadas. O que não significa que Botero esteja propondo uma "realidade gorda", protesta a antropóloga argentina Teresa de Anchorena, que foi a curadora da retrospectiva de Botero no MASP. Segundo ela o artista constrói uma "realidade monumental" e, ao mesmo tempo, sugere "um excesso de vida que é perigoso".
Botero se define como o oposto dos outros artistas: "Não sou cubista, impressionista, surrealista ou expressionista. Sou o que sou." Para ele a pintura deve ter um tema, um volume e espaço, algo que é tabu na arte moderna.
É visível sua opção pela sátira - gênero difícil quase sempre menor- mas que nele ganha importância ao resistir a modismos facilitadores da arte "de vanguarda", ganhando com isto a grandeza artística que merece.
O artista que começou pintando natureza morta, retratos e mais tarde criando esculturas também trata de temas políticos em suas obras. Muitas de suas imagens retratam a vida colombiana, conflitos que assolam o país sul-americano, e nos últimos anos se concentrou na violência. Sua última série de obras expostas ao público retrata as torturas infligidas por soldados americanos a presos iraquianos na prisão de Abu Ghraib. As peças são intituladas simplesmente Abu Ghraib e numeradas de 1 a 50. Sugiro uma visita neste linck
para ver algumas obras desta série.


Série: bailarinos









As Vênus calipígeas* de Botero

*calipígea - que tem bunda bonita...hehehe
farta, eu diria, no caso de Botero!



Mujer leyendo



Colombiana

1995
La cama




Vênus - 1989


Série Bedroom

1996
1997


Série: Bathroom
1995

1998


Monalisa
"Minha Monalisa não é a Monalisa de Da Vinci"

Cenas familiares



Naturezas-mortas


Coffee Pot - 1985
The supper- 1987




Homage to Van Gogh - 1987


Chair and guitar
Sleeping President


Broadgate Vênus - 1990
Encontra-se no Exchange Square em London.



4 comentários:

Karina disse...

Olá, muito bom seu blog.
Há pouco perdemos uma exposição de telas do Botero no Memorial, por 1 dia. :o(
Abs

Beth Kasper disse...

Obrigada pela visita. volte sempre
Um abraço

Anônimo disse...

L´excessive,

muito simpático e bem cuidado este seu blog. Vou conhecer os outros para ver qual deles vou pendurar no Varal.
Nota-se que temos um amigo em comum, JG . Sumido, mesmo! Depois da morte da mãe entrou em profundo recolhimento, para nossa tristeza!

Obrigado pela visita e comentário no Varal. Volte sempre, será uma honra te-la conosco!

Psicóloga Catarina Rabello disse...

Amei o seu blog!